Negócios Joesley e Wesley Batista agora disputam o controle de uma fábrica de celulose

Sob os holofotes, de novo
Os Batista, que eletrizaram o país ao denunciar Temer, querem fugir do noticiário, mas a sina continua: estão no centro da disputa empresarial do ano


A família Batista, protagonista da crise mais estrondosa da política brasileira ao gravar o presidente Michel Temer em conversa pouco republicana no Palácio do Jaburu, tem uma nova obsessão: fugir dos holofotes. Os acontecimentos que culminaram na prisão preventiva dos irmãos Joesley e Wesley e o acordo de leniência da holding da família, a J&F, com o Ministério Público Federal despertaram o sentimento de que eles só têm a perder com mais aparições em público. Nas palavras de uma pessoa próxima à família, “caiu a ficha”. Traduzindo: na busca para retomar a normalidade dos negócios e escapar de retaliações pelas denúncias contra políticos poderosos, a estratégia passa obrigatoriamente pela discrição. Saíram de cena a presença em festas concorridas e jantares nos melhores restaurantes, fotos em colunas sociais e capas de revista. As empresas da família só se manifestam em eventos corporativos, como a divulgação de resultados. E quem toma a frente são profissionais do mercado. Não por acaso, o novo CEO global da JBS é Gilberto Tomazoni — ele é o primeiro executivo de fora da família a comandar a empresa mais importante do grupo. Esse é o novo posicionamento.


(Arte/VEJA)

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