Na manhã desta segunda-feira (2), professores, técnico-administrativos e
estudantes das instituições federais de educação em greve chegaram bem
cedo à Esplanada dos Ministérios. Com um nutritivo café da manhã,
bandeiras, faixas e palavras de ordem, representantes do Sinasefe,
Andes-SN, Fasubra e do comando de greve dos estudantes chegaram às 7h30
em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG). A
manifestação foi uma forma de as categorias cobrarem do governo uma
proposta para as suas reivindicações e a abertura de negociações.
"Hoje, 2 de julho, vence mais uma data apontada pelo governo para
concluir negociações sobre a reestruturação da carreira docente. No
entanto, essas negociações não se efetivam. Não há proposta do governo e
recorrentemente as reuniões agendadas são canceladas", informa o
documento. E prossegue: "Estamos dispostos a negociar, pois no início de
2011 protocolamos nossas pautas de reivindicação. No entanto, o governo
vem protelando recorrentemente as discussões. A falta de resposta nos
levou a maior greve nas instituições federais de ensino nos últimos
anos. Em maio a greve teve início com a adesão, em seu primeiro dia, de
33 instituições federais de ensino. Hoje, são mais de 90", diz a nota. (Leia a carta aqui)
O descumprimento dos acordos e das agendas de negociação é uma
constante desde agosto de 2010, quando as categorias da educação federal
iniciaram a negociação das suas pautas de reivindicações. Na
sexta-feira (29), numa matéria sobre a paralisação dos docentes e
técnico-administrativos que foi ao ar no Jornal Nacional, uma repórter
da Rede Globo disse que o governo tinha uma proposta a ser apresentada.
Integrante do Comando Nacional de Greve do Sinasefe, Gerson Maciel
disse que o café da manhã era uma forma de as categorias dizerem ao
secretário que estão esperando a reabertura das negociações. A
presidente do Andes-SN, Marinalva Oliveira, concorda com ele e
completou: "É sim uma maneira fraternal de o Andes-SN e o Sinasefe
dizerem ao governo que, além de aguardarem a convocação para a mesa,
também estão abertos à negociação.
"Até hoje o governo só demonstrou que não tem credibilidade porque
não cumpre os acordos nem as agendas que ele mesmo marca nas mesas de
negociação, porém, ainda assim estamos aqui, fraternalmente, dispostos a
negociar, aguardando que o governo manifeste a vontade política de
atender ao pleito dos docentes", disse a professora.
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