Abraham Weintraub: "Nessa idade de incertezas, o Brasil, moreno faceiro, é um país inteligente o bastante para não ser radical"
Abraham Weintraub (Cristiano Mariz/VEJA)
O novo titular do Ministério da Educação, Abraham Weintraub, tornou-se ferrenho crítico do governo Lula desde, pelo menos, a aproximação com Jair Bolsonaro, em meados de 2018.
Mas nem sempre foi assim. Em 2010, Weintraub escreveu um artigo no jornal Valor Econômico esbanjando otimismo ao fim do governo do petista.
Intitulado “2025: o apogeu brasileiro”, o texto é uma carta de amor ao Brasil, que seria um “porto seguro” em meio as incertezas da economia global.
“O Brasil será um grande fornecedor e isso dará o pilar externo para sua economia baseada no mercado interno: 200 milhões de consumidores, que amadureceram, mas só envelhecerão após 2030. Nesse período, nossa renda per capita pode passar de US$ 9 mil a US$ 15 mil. Enfim, ao redor do ano 2025 o Brasil viverá seu apogeu”, escreveu à época o professor.
“Não seremos a fagulha do renascimento libertário econômico ou político, tampouco um vetor obscurantista. Nessa idade de incertezas, o Brasil, moreno faceiro, é um país inteligente o bastante para não ser radical. Historicamente, nossos movimentos são suaves”, completou.
Hoje seguidor de Olavo de Carvalho, o economista sugeriu: “Aos que me acham otimista demais, minha recomendação: conversem mais com os gringos!”.
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