O que ocorreu ali ninguém sabe', diz Eduardo Bolsonaro sobre conta de ex-assessor do irmão


Relatório do Coaf apontou movimentação atípica de R$ 1,2 milhão; Presidente eleito defende mudança no sistema eleitoral


FOZ DO IGUAÇU – O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) defendeu, neste sábado, que é preciso evitar interferências nas investigações sobre movimentações financeiras de um ex-assessor de seu irmão, o senador eleito Flávio Bolsonaro (PSL-RJ). Ele afirmou, ainda, que ninguém sabe o que aconteceu na ocasião.

— A gente tem que trabalhar para não permitir interferência na investigação — afirmou Eduardo, depois de participar da Cúpula Conservadora das Américas, que acontece em Foz do Iguaçu, no Paraná.

Relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf), órgão ligado ao Ministério da Fazenda, aponta que Fabrício de Queiroz, ex-assessor de Flávio Bolsonaro na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), movimentou cerca de R$ 1,2 milhão em sua conta bancária no intervalo de um ano. O volume girado na conta corrente do ex-assessor chamou a atenção das autoridades porque não era compatível com o patrimônio e a renda de Queiroz, que recebia um salário de R$ 8.517,00.

Uma das transações listadas é um cheque de R$ 24 mil destinado à futura primeira-dama, Michelle Bolsonaro, mulher do presidente eleito, Jair Bolsonaro.

— O que ocorreu ali ninguém sabe, nem o Coaf sabe. Ocorreu uma movimentação suspeita que está sendo investigada—afirmou Eduardo Bolsonaro.

Sobre a possibilidade de a movimentação ter sido uma devolução de salário do assessor ao seu irmão mais velho, Eduardo disse que, por vezes, ocorrem empréstimos de dinheiro porque trabalho e amizade se misturam.

— Uma vez um assessor meu me ajudou a arranjar um cliente para comprar meu carro--disse o deputado.

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