Editorial: A política Vieirense poderia ser muito mais do que um jogo de cobras e largatos


Será que já existiu um tempo em que a política vieirense se organizava em blocos governista e oposicionista com base em considerações programáticas?

Ontem na terceira sessão da câmara de vereadores do ano de 2017 dois fatos chamaram a atenção de todos os ouvintes, o primeiro foi a votação do novo regimento interno que acabou com a reeleição da mesa diretora (mas isso será assunto para os próximos posts) e o segundo foi o ato de “traição”entre vereadores que se abraçaram e se apoiaram nas eleições de 2016 e hoje brigam na justiça pela derrubada dos mandatos um do outro.

Ano passado, o Advogado Adailson do PRP disputou uma vaga à câmara municipal ao lado do seu companheiro de grupo, Professor Hagamenon do PR, o resultado foi 254 votos para Hagamenon contra 226 de Adailson, elegendo assim o professor deixando o advogado na suplência.
Três meses se passaram, e ontem o vereador eleito recebeu a notícia que seu colega de grupo entrou com um pedido de impugnação de sua candidatura, alegando que o professor já exerce dois cargo efetivos (professor do Estado e do município) e não teria como acumular outro cargo de vereador por incompatibilidade de horário.

Ontem na tribuna o professor teve a oportunidade de se defender e atacar seu colega, explicando que isso aconteceu devido sua falta de informação e informação demais do colega de grupo que além de ser graduado em direito, sua esposa era contadora da câmara e tinha informações dos seus cargos. Hagamenon ainda explicou que foi eleito pelo povo e já solicitou o afastamento do Estado mas infelizmente a burocracia estatal está demorando mais que o esperado.


O que fica explicito nesse caso é que a briga pelo poder pode romper acordos, amizades, abraços e apertos de mão. O poder faz com que os homens libertem tudo que ha dentro de si. Por outro lado, o que tá errado tem que ser denunciado mesmo, quem está certo ou errado só a justiça vai dizer agora. O que sabemos é que os vereadores da então oposição já deixaram claro que não existe acordo nem entre eles.


* Toda semana o CDF publica um editorial, geralmente aos sábados.
* Os Editoriais são assinados pelo Professor e Administrador Público Rayr Filho

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