Foto: El Pais |
O presidente da Bolívia, Evo Morales, presenteou o Papa Francisco com
um peculiar crucifixo em madeira com Cristo sobre uma foice e um
martelo, símbolos do comunismo, durante uma reunião que os dois
mantiveram na noite desta quarta-feira em La Paz.
O papa Francisco endereçou um elogio às políticas de Evo Morales, o primeiro presidente indígena da Bolívia,
assim que desembarcou na quarta-feira à tarde no aeroporto de La Paz.
“Como são belos os países que superam a desconfiança doentia e integram
os diferentes, e que fazem dessa integração um novo fator de
desenvolvimento!”, exclamou Jorge Mario Bergoglio, horas depois de deixar o Equador,
onde também não escondeu suas simpatias pelo presidente Rafael Correa,
apesar do rechaço que algumas de suas medidas estão despertando em
amplos setores da sociedade.
Morales se
define como um socialista e representa uma corrente regional conhecida
como "Socialismo do Século XXI", que também professam os governos de
Venezuela e Equador.
Além do crucifixo, Morales entregou um
exemplar do "Livro do Mar", editado pelo governo da Bolívia, que traz um
resumo histórico da centenária demanda do país andino contra o Chile,
levada à Corte Internacional de Haia.
Morales fez referência
ao tema marítimo em seu discurso de boas-vindas ao Papa, no Aeroporto de
El Alto, quando lhe deu uma "chuspa", uma pequena bolsa de tecido
andina.
No encontro na Casa de Governo, Morales também entregou a Francisco o Condor dos Andes, a máxima condecoração do país.
O
Papa presenteou Morales com uma reprodução do mosaico "Salus Populi
Romani", imagem da virgem com um menino nos braços, que desde 1611 ocupa
a magnífica capela Paulina da Basílica Santa Maria Maggiore.
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