Olá a todos, A da
Editora do Blog a Dra Verônica.com pediu para me escrever um texto falando um pouco de
como é viver um ano fora de Marcelino Vieira e do Brasil, pegando o embalo, eu resolvi escrever uma série de textos, que vou postando quando der, espero que esses textos
ajudem a mudar um pouco o nosso pensamento a respeito a viajar para fora do
país e essa coisa de que estudar no exterior hoje é um sonho impossível.
Aos interessados em
Participar do programa Ciências sem Fronteiras e saber com todos os detalhes
como foi que eu consegui a bolsa e um pouco da minha vida, eu escrevi uma
espécie de diário onde narro todas as minhas alegrias e preocupações desde o
dia da inscrição até um dia antes de viajar para a Europa: http://www.circulodefogo.net/p/desafio-italia-olhe-aqui-mae.html
A
chegada
Em Agosto do ano
passado saí do Brasil deixando toda a minha vida para trás para construir uma
nova aqui na itália, só que dessa vez, sozinho.

A Universidade em números a.a.
2012-2013
- 40.000 estudantes (incluindo os de pós)
- 1441 docentes (incluindo os pesquisadores)
- 1021 técnicos e administrativos
- 600 hectares de campus universitário
- 6 Faculdades (Economia, Direito, Engenharia, Letras, Medicina, Ciências)
- 114 cursos de graduação (triennale, magistrale, ciclo unico)
- 144 Cursos de aperfeiçoamento e master
- 41 Escolas de Especialização
- 300 prêmios de estudos "Raeli" de 5000 euros para os melhores graduados
- 19 departamentos
- 31 cursos de doutorado
- 330 bolsas de pesquisa por ano
- 6 bibliotecas
- 1000 estágios oferecidos anualmente
- 475 colaborações de estudantes
- 554 bolsas de estudos Eramus a cada ano
- 75 bolsas Leonardo
E recentemente as
bolsas Ciências sem Fronteiras, do Brasil. Atualmente estão mais de 25 alunos
de graduação na Tor Vergata pelo programa CsF e eu sou o primeiro de Marcelino
Vieira, em agosto vamos receber mais um vieirense!
Roubado
e sem nada na Europa
Uma curiosidade é que a
cidade não é violenta, mas existem alguns ladrões nos esperando principalmente
no metrô. Em Janeiro deste ano fui roubado lá, o ladrão puxou minha carteira de
dentro do meu bolso e levou tudo que eu tinha... Isso mesmo! Todos os meus
documentos, cartões de crédito do Brasil e do Exterior tudo, eu estava chegando
de uma viagem e levava tudo comigo, e uso muito pouco dinheiro em papel o que é
a sorte. Na hora que ele puxou a carteira e saiu do metro eu também saí, um
pouco desesperado, não deu para reconhecer ninguém, tentei achar um motivo pra
rir disso, não consegui, mas também mantive a calma, fui na policia fazer o
B.O. bloqueei todos os meus cartões, meu amigo Railson Fonseca estava no metro
percebeu que eu tinha decido e voltou para me buscar lá na policia porque eu
estava sem dinheiro até para comprar um novo bilhete. Voltei para casa, ri um
pouco disso e fui dormir, eu tinha todos os motivos do mundo para passar noites
acordadas e me preocupar, mas não, por mais que eu tivesse sem nada em um país
que não era o meu, eu só me preocupava em como contar isso para minha família
sem deixa-los preocupados também, mas deitei, estava cansado e dormi no outro
dia fui resolver isso, deu tudo certo, apesar de passar um mês sem nenhum
centavo consegui sobreviver graças a meu colega Railson que me emprestou uma
boa grana e falei rindo para minha família, que fui roubado, mas fui roubado na
Europa.
Agora
E Hoje contando as
horas para voltar ao Brasil e graças aos meus esforços e a Universidade de Roma,
consegui um estágio nos laboratórios de pesquisa da ENEA, maior empresa de
Energias da Itália, sou o primeiro Brasileiro a entrar nessa empresa e acredito
que o mais jovem cientista lá dentro, todos ainda me olham estranho, achando
que estou perdido alí, inclusive o motorista do ônibus da empresa que sempre
que vou entrar ele me avisa que “aquele ônibus vai para a ENEA” Eu fico rindo e
respondo que é pra lá mesmo que eu vou. Meu grupo de pesquisa está trabalhando
em um projeto financiado pelo governo italiano onde analisamos a água do mar do
litoral italiano.
Por fim,
Gostaria de agradecer a
minha família, a todos os meus amigos que tornaram esse sonho muito mais
divertido, principalmente a Railson Fonseca, Estela Freitas e Marlizia Oliveira
que me ajudaram muito aqui. Ao IFRN principalmente a galera do campus Pau dos
Ferros, a Universidade de Roma “Tor Vergata” e aos amigos da ENEA a empresa
mais legal do mundo.
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