Foto: Rafael Barbosa/G1. |
Em audiência pública realizada na Assembleia Legislativa nesta quarta-feira (22), data em que se comemora o Dia do Apicultor, o professor doutor Lionel Segui Gonçalves, presidente do Centro Tecnológico de Apicultura e Meliponicultura do RN (Cetapis), classificou a atual crise como o pior da apicultura do RN.
No caso do município de Serra do Mel, a 320 quilômetros de Natal, um dos polos da produção no estado, a perda foi superior a 90%. O município possuía cinco mil colméias em 2011, reduzidas a menos de 500 atualmente.
O professor explica que as perdas são influenciadas por fatores como o gradual desaparecimento das abelhas pelo uso inadequado de pesticidas, a restrição do mercado, visto que muitos só podem vender dentro do próprio estado, o baixo preço pago ao produtor, além da falta de mecanização, assistência técnica e investimentos no setor.
O especialista disse que o desaparecimento das abelhas é o maior problema apícora da atualidade e uma uma preocupação mundial. “O grande vilão do sumiço das abelhas são os pesticidas e precisamos combater antes que seja tarde”, afirmou.
Lionel alertou que o uso indiscriminado de pesticidas pode extinguir as abelhas. “O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está de braços cruzados e a Bayer deve estar rindo à toa”, disse. A Cetapis, instalada na Fazenda Experimental Rafael Fernandes, da Universidade Federal Rural do Semi-Árido (Ufersa), fez uma pesquisa que detectou várias dificuldades dos produtores, que impedem o desenvolvimento da atividade. No RN o transporte não é mecanizado, aumentando a agressividade das abelhas.
“A atividade chegou ao fundo do poço, é a maior crise já vista em nosso Estado, mas crise pode ser também uma oportunidade para reerguê-la”, afirmou o deputado estadual Fernando Mineiro, que convocou a audiência.
Do G1
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