O presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos
Deputados, pastor Marco Feliciano (PSC-SP), disse nesta quarta-feira
(27) que se sente realizado porque mostrou ao Brasil "o que é
democracia", depois de conseguir realizar uma audiência pública com
trabalhadores baianos que foram contaminados por chumbo.
Depois de muita confusão, dois manifestantes foram presos, muitas pessoas reclamaram de agressão por parte de policiais legislativos e a comissão foi transferida de sala, onde apenas deputados, convidados e parte da imprensa puderam entrar. Os manifestantes foram barrados e tentaram, inclusive, invadir o gabinete do deputado.
— Me sinto realizado hoje, conseguimos aqui manter uma barreira,
mostramos ao Brasil que democracia é isso. Às vezes, é preciso tomar
medidas como tomamos do outro lado [outra sala da comissão], não medidas
austeras, mas medidas à luz do Regimento Interno da Câmara dos
Deputados. O parlamentar precisa ser respeitado, como todo ser humano
precisa ser respeitado.
Feliciano disse ainda que a reunião foi muito produtiva e que ele
precisou se segurar para "conter as lágrimas" diante dos depoimentos. O
deputado fez referência aos manifestantes que estavam gritando fora da
sala.
— As imagens passadas aqui falavam sobre direitos humanos, sobre
pessoas que precisam de representatividade, não têm vez nem voz.
Possivelmente se o senhor [trabalhador que deu depoimento] tivesse há
anos atrás conseguido um grupo de 20 pessoas e tivesse conseguido
mantê-los aqui em Brasília, gritando pelos corredores dessa Casa, talvez
já tivessem sido atendidos.
Informções do r7.com
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