Na galhofa, o palhaço Tiririca se elegeu deputado dizendo que não sabia o
que fazia um deputado. Pedia voto para poder contar depois. Desde que
assumiu na Câmara, ele já tem a resposta pronta na ponta da língua, e a
repete como um mantra: "Trabalha muito e produz pouco". Mas o deputado
aprendeu outra coisa: seus colegas gostam mesmo é do poder. "Esse
negócio aqui é o poder. A galera gosta do poder, muitos se acham demais
aqui. Não me sinto assim", afirma. Ele diz entender por que ninguém
presta atenção no discurso do outro. "Os deputados não estão ali no
plenário falando para os colegas. Estão falando para a televisão. É
igual quando a gente grava na TV. Os deputados também estão falando para
a plateia em casa", observa. Tiririca diz que, apesar de circular com
um broche parlamentar graças à segunda maior votação obtida por um
deputado na história do país, não mudou seu comportamento. "Não mudei.
Sou a mesma pessoa, não dou carteirada em ninguém. As pessoas na rua me
chamam de abestado. Se falam isso para outro deputado, vai ter briga.
Acho até estranho me chamarem de senhor." Nestas eleições, o deputado
tem viajado país afora, ajudando o partido a eleger prefeitos.
*Com informações da tribuna do norte
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