Fonte: Portal IFRN |
Superar as dificuldades em busca de conhecimento. Essa frase resume a
história dos alunos Raimundo Nonato Filho e Estela Naiara de Freitas,
ambos de 19 anos, selecionados através do Programa Ciência Sem
Fronteiras para cursar parte da graduação na Universidade de Roma Tor
Vergata, na Itália.
Estudantes do 5º período de licenciatura
em química do Câmpus Pau dos Ferros, eles colocaram como objetivo de
vida ser professor na região alto oeste e contribuir para o desenvolvimento
da região, "abrindo portas e janelas de oportunidades" aos alunos do alto oeste potiguar.
Raimundo Nonato, natural de Marcelino Vieira, é filho de pai
agricultor aposentado e mãe
dona de casa. A aluna Estela Naiara, residente na zona rural de Pau
Branco, no município de São Miguel, tem pai agricultor aposentado e
deficiente visual e mãe trabalhadora no setor de artesanato. Ambos
sempre estudaram em escola pública e hoje comemoram o resultado da
seleção do Programa. "Fiquei muito feliz quando vi o resultado, não
acreditei. Saí gritando pela sala da coordenação para contar ao
professor Ulysses e ligar para os meus pais", comentou Estela Naiara.
Para o aluno Raimundo Nonato, todos do Câmpus
Pau dos Ferros ajudaram muito, professores e servidores do Câmpus Natal-Central também. "Eu não tinha feito o teste de proficiência
em italiano,
não sabia como fazer. Todo mundo do IFRN acreditou em mim. Eu fui para
Natal fazer esse teste de proficiência bancado pelo Instituto. Se não
fosse o IFRN, eu não teria conseguido está comemorando aqui hoje", disse.
Estela Naiara disse que teve um grande
apoio da Coordenadoria de Pesquisa e Inovação do Câmpus Pau dos Ferros,
na pessoa do professor Ulysses Vieira, sempre encorajando-a. "Eu tive
que ir de van para Natal fazer o teste online no Câmpus Natal-Central,
já que a internet de lá é mais estável e não cai. Fiquei hospedada na
casa de um professor e voltei para Pau dos Ferros no ônibus do IFRN com
os alunos que foram a um
evento em Recife, aproveitando a carona".
Com a seleção, eles irão cursar química durante um ano na
Universidade de Roma Tor Vegata, na Itália. "vamos em meados de
agosto, durante um mês estudaremos italiano. Em Outubro é que
nossas aulas vão começar", disse Raimundo Nonato.
A expectativa e ansiedade tomam conta dos dois. Segundo Estela, "não é
todo dia que a gente sai do sertão potiguar e vai para Europa estudar.
Será um grande
diferencial poder avaliar como funciona o ensino italiano e poder
colocar em prática
na minha terra. Estou muito feliz".
Os alunos acreditam que no começo será um pouco difícil por causa do
frio e fuso horário, mas que com o tempo irão se adaptar. "Será um
experiência incrível poder conhecer
uma nova cultura e novas pessoas, sem falar que eu vou viajar de avião
pela primeira vez", relatou Raimundo Nonato.
Os estudantes comentaram ainda sobre a importância da bolsa de
iniciação científica. "Acredito que ela fez a diferença no processo
seletivo. Queria falar aos alunos de todos os Câmpus que se surgir a
oportunidade
em conseguir a bolsa, que eles não pensem só no dinheiro, mas
principalmente no
aprendizado adquirido. Isso é o que realmente importa", frisou Estela
Naiara.
Fonte: http://portal.ifrn.edu.br
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