Mulher fica presa injustamente por 149 dias no RN

Uma cicatriz que nunca vai sarar. É dessa forma que Maria Elayne Soares Fonseca da Silva, 19 anos, considera os 149 dias em que ficou detida injustamente no Presídio de Parnamirim, no Rio Grande do Norte, por tráfico de drogas. Uma acusação mesmo que verídica por si só já prejudica a vida do suspeito em vários aspectos. Agora imagine ter a vida virada pelo avesso por uma denúncia infundada e com isso ter que se afastar de familiares, amigos, escola, emprego e ainda "provar" inocência à sociedade que "condena" esses supostos criminosos mesmo antes da sentença da Justiça.
Elayne conta que as imagens de sua prisão não saiam de sua cabeça durante o tempo em que ficou detida. Ela informou à reportagem de O Poti/Diário de Natal que estava dormindo na casa de uma tia quando ouviu o barulho da polícia e foi olhar a movimentação na rua. "Estava em frente a casa onde eles [policiais] encontraram a droga. Como a proprietária havia fugido me pegaram como se eu estivesse envolvida com o tráfico de droga", disse.
A mãe da jovem disse ter enfrentado a pior situação de sua vida no dia da prisão de Elayne. "O pai puxava ela de um lado e os policiais do outro. Foi uma cena horrível, nunca vou esquecer", lembra. A partir daí a vida de Elayne e da família virou de cabeça para baixo. Ela foi levada para um cela no presídio de Parnamirim onde ficou detida com quase 50 mulheres. Apesar das dificuldades vividas no ambiente prisional como a ociosidade e só sair da cela uma vez por semana para o banho de sol, Elayne garante ter sido bem tratada pela diretora, agentes penitenciárias e colegas de cela.
 
Via pernambuco.com  - http://www.circulodefogo.net

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