Fortaleza começa a testar carros elétricos compartilhados para uso na cidade

Em agosto, serão instaladas cinco estações e sete carros estarão disponíveis na cidade (Foto: Edwirges Nogueira/Agência Brasil).
Quem passa pelo pequeno Zhidou EEC L7e-80 não consegue ficar indiferente. Exposto em um shopping de Fortaleza, o minicarro chama a atenção das pessoas para os testes com os veículos que farão parte do sistema de carros compartilhados em implantação na cidade. A principal novidade do modelo é o fato de ser 100% elétrico.
“É um carro muito pequeno, ocupa um espaço bem menor na cidade. Poderia colocá-lo em qualquer lugar. Dá vontade de levar para casa. Quando eu e meu filho o vimos, disse que ele daria certinho para a gente”, conta o professor Assis Oliveira, de 41 anos.
O edital de chamada pública para escolher a empresa responsável pela implantação e operação do sistema foi lançado em janeiro e tinha como exigência a utilização de carros elétricos. Além do Zidhou, com capacidade para duas pessoas (motorista e carona), há também o BYD e6, mais espaçoso e que leva 5 pessoas. Ambos são importados da China e operam com placa de testes e experiência (placa na cor verde), pelo fato de ainda não serem homologados no Brasil.
O engenheiro da Prefeitura de Fortaleza responsável pelo projeto, Sued Lacerda, explica que a fase de testes serve exatamente para chamar a atenção da população e também para que os futuros usuários se familiarizem com os modelos e com a forma de funcionamento do sistema:
“Esta fase está sendo muito positiva. A população está muito curiosa e boa parte está interessada e procurando informações no estande. Já temos quase 200 cadastros. Eu acompanhei um usuário e ele ficou muito satisfeito e curioso pelo fato de o carro não fazer muito barulho. Gostou também da praticidade de o carro ser automático.”
Os testes são feitos no modelo BYD e6. O estudante Wilker Ferreira Diógenes fez seu cadastro no shopping e, em seguida, já entrou no carro para dar uma volta pelo estacionamento. As portas do veículo são destravadas por um aplicativo e o carro começa a funcionar ao apertar em um botão na lateral do volante. As informações sobre a carga da bateria e o consumo em quilowatts (kW) são alguns detalhes que aparecem no painel digital. A bateria do modelo leva 3 horas para carregar completamente e tem autonomia de 250 quilômetros.
Além do câmbio automático, outra diferença do BYD e6 em relação aos carros convencionais é a localização do freio de mão, que, na verdade, fica do lado do pé esquerdo. Pela força do hábito de dirigir carros com embreagem, Wilker acabou acionando o mecanismo sem querer (por conta da baixa velocidade com que o veículo trafegava, o acionamento do freio de mão não gerou nenhum dano aos ocupantes). Por conta desses detalhes novos, o teste com os carros antes de ser um usuário efetivo do sistema é obrigatório.

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