Candidatos brasileiros viram piada em TV americana

Os candidatos bizarros da eleição brasileira mereceram um destaque na última edição do programa “Last Week Tonight”, da emissora a cabo norte-americana HBO. Apresentado pelo inglês John Oliver, o segmento, com pouco mais de dois minutos, mostra o que pode acontecer, na visão do apresentador, quando a população é obrigada a votar.
“Basicamente é ilegal não votar no Brasil. Uma lei bem intencionada. O problema é que, quando você faz algo obrigatório, as pessoas se ressentem disso”, afirmou Oliver. Para o apresentador inglês, a maior prova disso foi a votação do rinoceronte Cacareco em 1959, que recebeu mais de 100 mil votos para vereador em São Paulo. “Os ‘candidatos de piada de protesto’ são um tradição do Brasil.”
De forma bem-humorada, Oliver mostra alguns exemplos da eleição ocorrida no domingo: Jesus, candidato a deputado estadual pelo PMN em Pernambuco, Toninho do Diabo (SD), que disputou a Câmara dos Deputados por São Paulo, e sósias do presidente norte-americano Barack Obama. Também aparece Bin Laden (PSDB), candidato a vereador em Aracaju na eleição passada.
Mas o predileto de Oliver é Paulo Batista, que ficou conhecido em São Paulo como o candidato do “raio privatizador”. Ao disputar uma vaga na Assembleia Legislativa de São Paulo, Batista, do PRP, colocou-se como favorável a privatizar “tudo! Educação, saúde, transporte. Tudo!”.
Formato popular nos Estados Unidos, o “comedy news” – comédia com base no noticiário – tem em John Oliver um dos seus principais expoentes. Não é a primeira vez que ele fala sobre o Brasil. Em julho, dias antes da Copa do Mundo, ele apresentou um segmento classificando a Fifa como uma das entidades mais corruptas do mundo.

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