A entrevista de Dilma Rousseff no Jornal Nacional

Na terceira entrevista realizada com um candidato à Presidência da República no Jornal Nacional, William Bonner e Patrícia Poeta continuaram agressivos. No Palácio da Alvorada, em Brasília, nesta segunda-feira 18, ambos estavam vestidos de preto na entrevista com Dilma Rousseff (PT), indicando luto pela morte do ex-governador Eduardo Campos, cujo último compromisso eleitoral foi a entrevista da quarta-feira 13. Eles não dirigiram nenhuma pergunta sobre o fato à presidente.
Bonner parecia o mais irritado, mas Patrícia não quis ficar atrás. Ela chegou a apontar, em riste, o dedo para a face próxima de Dilma, insistindo que o governo dela e do ex-presidente Lula não fizeram “nada” na área da saúde.
A presidente conseguiu dizer, entre interrupções da entrevistadora, que hoje, ao contrário do passado, o atendimento de saúde pública atinge 50 milhões de brasileiros.

Corrupção

No início da entrevista, Bonner perguntou sobre “corrupção e mal feitos”, citando uma série de ministérios e também a Petrobras.
- Qual a dificuldade de formar uma equipe de governo com gente honesta? – perguntou.
- Fomos o governo que mais estruturou o combate à corrupção e aos mal feitos. Nenhum procurador geral da República foi chamado no meu governo de engavetador geral da República, respondeu Dilma, numa referência a Geraldo Brindeiro, dos tempos do governo Fernando Henrique.
Dilma também lembrou que muitos dos “escândalos” divulgados pela mídia não se comprovaram reais depois de investigados.

Saúde

Patrícia Poeta trouxe a saúde ao debate, mas eis um terreno bom para Dilma. A saúde pública brasileira, com todas as suas conhecidas precariedades, foi amplamente beneficiada na gestão Dilma pelo programa Mais Médicos.
Falar em saúde com Dilma é como dar a ela uma oportunidade de lembrar as dimensões do Mais Médicos. Que outro programa na saúde pública teve tamanho impacto quanto este?

Economia

Em outro momento da entrevista, Dilma foi questionada se achava justo culpar o pessimismo ou a crise internacional por números negativos na economia e se o governo não tinha responsabilidade pelos resultados.
- Nós enfrentamos a crise, pela primeira vez no Brasil, não desempregando, não arrochando salários, não aumentando tributos – pelo contrário, diminuimos, reduzimos e desoneramos a folha, reduzimos a incidência de tributos sobre a cesta básica. Nós enfrentamos a crise também sem demitir, respondeu a petista.
Dilma apontou para uma “melhoria prevista no segundo semestre” ao ser confrontada com os recentes indicadores negativos da economia.
Fonte: *Carta Capital

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