“Não concordamos com interferências dessa ordem no Brasil”, diz Dilma sobre espionagem americana

Antonio Cruz/ABr

A presidente Dilma Rousseff declarou, nesta segunda-feira (8), que é preciso investigar as denúncias de que o governo dos Estados Unidos estão espionando pessoas e empresas brasileiras, por meio de interceptação de dados privados.

Dilma avaliou que, se essas informações forem verdadeiras, trata-se de violação de direitos humanos e violação da soberania.

— A posição do Brasil nessa questão é muito clara é muito firme: nós não concordamos de maneira alguma com interferências dessa ordem, não só no Brasil como em qualquer outro país.

Dilma informou que além de acionar a Polícia Federal e a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), para investigarem a possível participação de empresas brasileiras de telecomunicações no processo de espionagem, o governo também apresentou a discussão na União Internacional de Telecomunicações e na Comissão de Direitos Humanos da ONU (Organização das Nações Unidas).


A presidente lembrou que a Constituição brasileira garante a liberdade de expressão e também o direito à privacidade


Dilma Rousseff também anunciou que vai revisar a legislação brasileira que diz respeito à privacidade das informações.

Segundo a presidente, o Marco Civil da Internet, que está em tramitação no Congresso, passará por uma revisão para garantir que os dados brasileiros fiquem armazenados no Brasil.

— Muitas vezes os dados são armazenados fora do Brasil, principalmente os dados do Google. Nós queremos prever a obrigatoriedade de armazenagem de dados de brasileiros no Brasil e vamos fazer uma revisão para ver o que é possível melhorar em termos de garantir essa privacidade.


Do R7

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