MST barra entrada de funcionários no Ministério da Fazenda

Os 2,5 mil funcionários que trabalham na sede do Ministério da Fazenda e no prédio anexo, onde ficam unidades do Tesouro Nacional e da Receita Federal, não conseguiram ter acesso ao local de trabalho na manhã desta terça-feira. Cerca de 4 mil trabalhadores rurais sem terra ocuparam a entrada principal da sede e bloquearam a entrada no começo da manhã de hoje. No edifício anexo, seguranças impedem o acesso de qualquer pessoa, inclusive de funcionários. Alguns servidores relataram que foram dispensados pela chefia.
Os agricultores saíram em marcha do Estádio Nilson Nelson, no centro da cidade, em direção ao ministério. Eles reivindicam que o governo acelere a reforma agrária e dê prioridade aos agricultores atingidos por barragens, enchentes e chuva. Os manifestantes pretendem ser recebidos ainda hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, para pedir a destinação de verbas do Orçamentos para a reforma agrária. 

As principais pautas trabalhadas pelo Movimento referem-se à questão das dívidas dos pequenos agricultores, cujo valor chega a R$ 30 bilhões, de acordo com o Ministério da Fazenda, e o contingenciamento do orçamento do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra)
Os R$ 530 milhões destinados para promover desapropriações de terras para este ano já foram totalmente executados. O cenário para 2012 é ainda pior: está previsto um corte de R$ 65 milhões, segundo dados do próprio Incra, com o orçamento despencando para R$ 465 milhões.
O principal propósito da ocupação é que as negociações referentes às pautas sejam retomadas imediatamente.
Essa mobilização faz parte da Jornada Nacional de Lutas por Reforma Agrária que acontece em todo o Brasil desde o dia 22 de agosto. Além do acampamento, atos políticos e culturais devem acontecer em Brasília e nos Estados onde os movimentos da Via Campesina estão organizados.
A Via Campesina é uma articulação internacional de movimentos sociais camponeses. No Brasil, é integrado pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), pela Comissão Pastoral da Terra (CPT), Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), Movimento dos Pescadores e Pescadoras, Quilombolas, Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), Conselho Indigenista Missionário (CIMI), além do Sindicato dos Trabalhadores da EMBRAPA (Sinpaf), da Federação dos Estudantes de Agronomia e da Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal.

Adaptada de varios sites.

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